sábado, 30 de janeiro de 2010

DE PONTO E NÓ....

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DE PONTO E NÓ...
O meu medo não escreve nada,
Se da vida tão pouco levo ou trago,
Apenas traço linhas vagas,
Pontilhando no acaso.
*
O medo antes justificado,
Alinhavo em traços cruzados,
Arremates desalinhados
São enfeites de tristeza camuflados,
*
Se do medo fizer caso,
Da linha perco a meada,
Bordado mal cruzado,
Desfaz da arte sonhada.
*
Hoje amarro em nó,
A solidão prego ao avesso,
Arrisco pontos sem dó,
Sonhos e segredos confessos.
*
Do medo faço colcha de retalhos,
De zigue-zague reforçado,
Com ela durmo abraçada,
Em noites de choro ultrajado.

Leek steffens.