sábado, 30 de abril de 2011

DESABAFANDO SÓ....

As condições ideais que estou esperando não existem. Comecei a mudar agora,
E ME ENVEGONHO DE CHORAR POR TÃO MÍNIMAS COISAS...


E....
Pode o tempo passar, a estação mudar

O riacho secar, seu instinto falhar
O que tiver que ser seu
Cedo ou tarde será


Quando o dia amanhecer
A primavera florescer, novos olhares conhecer
Mais certeza vai ter que não adianta se arrepender


Se não tiver para onde ir
Se ficar na dúvida entre chorar e rir
Se do alto cair
Nunca desista de subir e subir

Quem resistir à dor, lutar pelo amor
Perdoar sem rancor
Admirar uma simples flor
Experimentará da alma o seu calor


E não se esqueça, por pior que a realidade pareça
Não desista, siga em frente, siga a pista
Divirta-se! Permita-se!
E o que é seu virá
E assim será.




Erika Auger

terça-feira, 26 de abril de 2011

Alma gêmea que me trás a tão sonhada calma,


Alma gêmea que me trás a tão sonhada calma, em passeios de muitas vidas
senti seu perfume e viajei até minha alma... Teu brilho seduz a brisa ,cura feridas
teu nome já nasceu comigo, tatuado no meu coração, entraste em minha vida em
algum encontro marcado, ao teu lado... A felicidade me abraça, você é o meu ser
mais amado! Feito para mim.. A vida te criou... O amor não foge ao seu destino
onde estiveres... Eu vou... Minha alma, doce alma de menina, tecer-me em sua vida
foi a tua missão... Se um dia me abandonares, perderei o juízo... eu sei!
 Embarcarei numa viagem  fantasiosa a sua procura...
Isso me faz pensar... Será que lembras de mim?
Onde estará teu pensamento?
 E estes teus olhos, para quem brilham? A cada canto, cada esquina, cada lugar, lembro-me de ti, lembro-me do teu olhar, me pego a pensar... A cada encontro com meu travesseiro, sinto seu perfume, seu beijo, seu carinho... Fecho meus olhos, vejo seus olhos... Onde estará você? Onde estará teu olhar? Lágrimas de meus olhos caem... caem a cada canção, cada toque do telefone, a cada mensagem, na esperança de vê-lo... Que a distância que se há entre nós
Não seja morte premeditada, de todos os sonhos que vivi... Dormindo ou acordado...
porque uma parte de mim é sonho e a outra parte realidade, que a tua voz vibrante e melodiosa seja mais forte que este silêncio, e que meus lábios possam dizer Te Amo.





fonte: Poesia que falam de amor.
autor desconhecido

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Menina E moça.( Machado de Assis)

A MENINA DE  12,13.... 
Que doce idade, ousada, destemperada,
uma hora quer tudo,outra nada,
um dia veste o sueter da mãe, outro a saia rodadinha.
óculos de sol, muitas pulseirinhas.
Arruma o cabelo,sai de  maria-chiquinhas, 
retorna, cabelo desamarrado, de lado....
não quer ser  criança, tão pouco a moça recatada, 
 seu jeito  sapeca, as vezes fugas,
não deixa escapar, no seu  meigo olhar,
 um inocente desejo de  aventurar. 
Leek Steffens.
para minha pequena  gg. (grande garota) que já ñ é mais tão pequena.
MENINA E MOÇA.
Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.

Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.

Outras vezes valsando, e seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.

Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.

Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.

Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.

Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.

Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.

Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!

Ah! se nesse momento alucinado, fores
Cair-lhes aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!
(Machado de Assis)