quarta-feira, 8 de junho de 2011

Para além do mar

Permita-me


ver-te bem

além dos olhos

Além das espumas

de Abrolhos

Além do mar

sem fim

Permita-me

ver-te a alma

incandescida

pelas noites

mal dormidas

por não estares

junto a mim

Permita-me

ver-te além

da alvorada

após a noite

maltratada

a procura

de um jardim

Permita-me

ver-te além

do horizonte

que procuras

não sei onde

nem em Povoa de Varzim

Permita-me

oferecer-te mãos amigas

longe das invejas

e sem intrigas

Colo quente

incandescente

Coração latente

a te ofertar

tudo isso

cá do outro lado

deste seu

além mar

uma poesia de :

GilbertoMaha ®©