MEDO
Eu tenho medo do escuro.
Traga-me luz, por favor.
Conheço porto seguro
só pela audácia do amor.
Eu tenho fome de vida.
Anseio algo maior
do que essa história doída.
Eu quero vida, e melhor!
Eu tenho sede de vento.
Tenho saudades do mar.
Que o meu corpo sedento
a brisa venha beijar.
Eu tenho medo de altura,
mas sempre insisto em tentar.
Como saber a doçura
da fruta sem a provar?
Eu tenho medo que um dia,
sem que eu possa explicar,
não haja mais o que havia
quando eu ao lar retornar.
Que os meus amigos se esqueçam;
Que eu me esqueça, também;
Que as memórias pereçam,
Se eu delas não cuidar bem..
Que as lojas mudem de nome,
e os armazéns, de lugar,
e os números de telefone,
eu já não possa lembrar.
E as coisas sigam seu rumo,
sem desviar do que impera: que tudo aquilo que eu amo
já não é mais como era.
poesia de
ivana S Kennedy
"...tudo aquilo que eu amo
ResponderExcluirjá não é mais como era."
E porque não é mais como era deixamos de amar? Ou é apenas o amor que difere na sua demonstração?
Gostei de voltar aqui e deixar um carinhoso abraço.
Apreciei seu poema.
ResponderExcluirAfinal todos temos medo do escuro,fome de vida e sede de vento.
Deixo-lhe o meu abraço e meu afeto
João Quitério
"Que as memórias pereçam"
ResponderExcluirPorém visitar o teu blog é sempre um prazer que me aviva a memória
obrigada, querido ALBERTO E Veiga, venha sempre que desejar bjs
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